Nas noites de chuva forte e raios que cortavam o céu, a pequena Dirce observava pelos vãos existentes entre as telhas de seu telhado sem forro, os clarões que percorriam a escuridão da noite e gelavam seu sangue de pavor.
Nessas noites, inevitavelmente a pequena garota corria aflita até a cama de seus pais e se abrigava entre eles com sua cabeça coberta pelos lençóis. Nada era mais assustador para ela que os barulhos provocados pelos trovões, e estar ali aconchegada entre seus pais, lhe deixava segura e em paz, onde adormecia tranqüila.
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